quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Cidade

Ao trafegar pela rodovia Augusto Montenegro, a caminho da ilha de Caratateua, parei em alguns faróis vermelhos e, em todos eles recebi panfletos de construtoras anunciando condomínios, todos de blocos de prédios de aproximadamente dez andares, com infra-estrutura invejável. Por outro lado, percebi que tais condomínios tornar-se-ão “ilhas”, cercadas de ocupações ou bairros espontâneos, criados pela força da imigração, da expropriação que as famílias que lá habitam foram submetidas, situação que se expande para dimensão insular do município de Belém. Tudo isso me fez lembrar a música “a cidade” de Chico Science.

A Cidade

Chico Science

Composição: João Higíno Filho
O sol nasce e ilumina
As pedras evoluídas
Que cresceram com a força
De pedreiros suicidas
Cavaleiros circulam
Vigiando as pessoas
Não importa se são ruins
Nem importa se são boas
E a cidade se apresenta
Centro das ambições
Para mendigos ou ricos
E outras armações
Coletivos, automóveis,
Motos e metrôs
Trabalhadores, patrões,
Policiais, camelôs
A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce
A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce
A cidade se encontra
Prostituída
Por aqueles que a usaram
Em busca de uma saída
Ilusora de pessoas
De outros lugares,
A cidade e sua fama
Vai além dos mares
E no meio da esperteza
Internacional
A cidade até que não está tão mal
E a situação sempre mais ou menos
Sempre uns com mais e outros com menos
A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce
A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce
Eu vou fazer uma embolada,
Um samba, um maracatu
Tudo bem envenenado
Bom pra mim e bom pra tu
Pra gente sair da lama e enfrentar os urubus
Num dia de sol, recife acordou
Com a mesma fedentina do dia anterior.

domingo, 21 de novembro de 2010

Redação Enem 2010

A prova de redação do Enem 2010, realizada em 07/11/2010, teve como tema o trabalho na construção da dignidade humana, disponibilizando um trecho de um artigo sobre trabalho escravo publicado no site Repórter Brasil em 02 de setembro de 2010 para servir de base. Muito Legal foi perceber a temática escolhida, pois publicamos três postagens sobre o tema nos dias 23, 24 e 26 de outubro, uma delas sugerindo aos alunos a leitura de uma reportagem do site Repórter Brasil que possui atalho na coluna esquerda do blog Geografia do Pará.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

É campeão, é campeão




É campeão, é campeão !!!
O blog Geografia do Pará foi o campeão do 3º concurso de blogs de escolas públicas estaduais de Belém na categoria blog do professor.  A premiação foi realizada ontem 17/11 no NTE – Belém.
A classificação foi a seguinte:
1º Professor Mauro Torres
2º Professora Helioneth Lisboa
3º Professora Léa Paraense
Agradeço a Deus pela inspiração e a minha família (Tatiana, Raíssa e Taísa) pela paciência que tiveram com o blogueiro.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Violência: perdeu, perdeu !!

Perdeu, perdeu!!!!
Afinal, quem está ganhando???
Quem está perdendo???
A lógica seria. Se um perde o outro ganha, porém nos últimos meses presenciamos uma derrota generalizada de toda sociedade. Quem acredita que bradar para o outro que este perdeu, como forma de impor sua “vitória” covarde, é também um derrotado.
           

Para 2ª etapa do Ensino Médio

Estudo apresenta riscos associados ao dendê na Amazônia
Lançado em dezembro de 2004, com o objetivo de alavancar as energias renováveis no Brasil e ao mesmo tempo criar uma nova alternativa produtiva e de inclusão social da agricultura familiar, o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) completa seis anos tendo incluído apenas metade das 200 mil famílias previstas nas metas iniciais.
Colheita do dendê na Amazônia: casos de concentração fundiária, violação de direitos trabalhistas e desmatamento ameaçam inclusão de agricultores no programa de biodiesel (Foto: CMA/RB)
Depois de uma traumatizante experiência com a Brasil Ecodiesel nos primeiros quatro anos do PNPB, a entrada da Petrobras no mercado do biodiesel, com duas usinas no Nordeste e uma em Minas Gerais, deu um novo impulso à participação de pequenos agricultores nessas regiões. Mesmo assim, as matérias-primas produzidas pela agricultura familiar ainda são parte irrisória da composição do biodiesel em termos nacionais.
Nos estados da Região Nordeste, produtores ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) avaliam positivamente as parcerias com a Petrobras, mas a participação da estatal do setor energético na cadeia produtiva, limitada ao fornecimento de matéria prima, ainda é uma das principais críticas ao PNPB. No Sul, onde a empresa ainda não tem uma presença mais forte, é a auto-organização dos pequenos agricultores (principalmente produtores de soja) que está alavancando a sua participação na produção de biodiesel a partir de negociações com usinas do setor.
Já no Norte, o governo está criando um novo projeto de produção de dendê com participação da agricultura familiar que deve enfrentar grandes desafios. Apesar dos esforços para criar mecanismos que imprimam um caráter de sustentabilidade social e ambiental à cultura, problemas como concentração fundiária, expulsão de famílias de suas terras, violações de direitos trabalhistas e desmatamentos já marcam projetos de dendeicultura no Pará, principal estado produtor do país.
http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=1820

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Lista Suja do Trabalho Escravo

Ai está a lista suja do trabalho escravo divulgada pelo site Repórter Brasil. confira AQUI

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Pará lidera o ranking de trabalho escravo no Brasil

domingo, 7 de novembro de 2010

Como funciona a grilagem de terras

A grilagem de terra é um crime grave praticado ainda em grande escala no interior do Brasil, principalmente na Amazônia. Os grileiros, nome dado a esses criminosos, são alguns dos principais responsáveis pelo desmatamento das florestas tropicais.
A grilagem nada mais é que a apropriação indevida de terras públicas, através da falsificação de documentos. Várias são os interesses para a existência dessa prática: especulação imobiliária, venda de recursos naturais do local (principalmente madeira), lavagem de dinheiro e até captação de recursos financeiros.
Por que grilagem?

O termo grilagem vem de um antigo macete dos falsificadores. Para dar aspecto de velho aos documentos criados por eles, os falsários deixavam os papéis em gavetas com insetos como o grilo. Com a ação dos animais, os papéis ganhavam a coloração amarelada com aspecto de gastos.
­Um estudo feito pelo governo federal em 1999 para a Comissão Parlamentar de Inquérito da Grilagem apontava 100 milhões de hectares de terras griladas, a maioria no Pará. A princípio, estes números podem ter diminuído um pouco já que grandes fraudes foram anuladas, mas um levantamento de 2006, feito por institutos de pesquisas e organizações não-governamentais, mostraram que 30 milhões de hectares ainda eram grilados no Pará, o que equivale a 23% do território paraense. A razão para Estados como Amazonas e Pará serem os grandes alvos dos grileiros é o grande número de terras públicas. Só no Pará, as terras pertencentes aos governos federal e estadual representam cerca de 70% da área, entre assentamentos, reservas indígenas, unidades de conservação e áreas militares.
Uma teia de corrupção com fraudes em cartórios, conivência de funcionários públicos, compra de terras de posseiros cria essa equação. Além disso, segundo um levantamento do Ministério do Meio Ambiente, 45% do território amazônico não têm titulação ou destinação. Aliás, é bom lembrar que grileiro não é a mesma coisa que posseiro. O primeiro normalmente tem poderio econômico, circula nos corredores do poder e não vive na terra. O posseiro é aquele pequeno agricultor que toma posse da terra para sobrevivência.
A grilagem de terra conta hoje também com a ajuda da tecnologia, seja com o GPS, que ajuda na localização das terras, seja com a própria internet, onde são vendidos lotes enormes de terra sem nenhuma comprovação documental definitiva.
Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/grilagem.htm