quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Vencedores do Concurso Educablog 2009

Categoria Blog de Escolas
1º lugar Escola Helena Guilhon – Belém
2º lugar Escola Rui Barbosa - Tucurui
3º lugar Escola Simão Jacinto – Tucurui
Categoria Blog de Professor
1º lugar – Professor Eric Siqueira- Belém
2º lugar – Professor Mauro Torres- Belém/ Professora Sheila Luiza – Marabá
3º lugar – Professora Daniela Torres – Bragança
Os vencedores ganharam computadores, pen drives, microsystems, caixa amplificada entre outros prêmios.
Saiba mais sobre a premiação no portal da SEDUC que dá destaque ao evento.
Fonte: http://ctaeseducpa.wordpress.com/

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Dicionário Ambiental

Caros alunos,
O Dicionário ambiental disponibilizado no link abaixo é uma importante ferramenta para a realização da atividade avaliativa de Estudos Amazônicos.
http://www.ecolnews.com.br/dicionarioambiental/topo.htm

domingo, 6 de dezembro de 2009

Especulação imobiliária

A grande concentração fundiária estabelecida em Belém, por grandes empresas e famílias tradicionais, aliada à disposição das terras institucionais (propriedades do Exército, Marinha, Aeronáutica, Universidade Federal do Pará e outras) a partir da Primeira Légua Patrimonial, que estrangulou a cidade causando grandes problemas de ordem habitacional para a mesma, obrigando a expansão do perímetro urbano, muitas vezes sem a mínima infra-estrutura.
O crescimento ou expansão do perímetro urbano, não diminuiu o preço dos terrenos localizados no interior do mesmo, pelo contrário, houve uma valorização e não uma redução dos preços, por isso, Rodrigues, (1989) afirma que a terra é uma mercadoria "sui generis", pois valoriza sem trabalho e não obedece à lei da oferta e da procura, ficando deste modo, mais difícil a aquisição de um imóvel por parte da classe mais pobre.
Na atualidade, percebemos um grande movimento em direção as nossas maiores ilhas e, inocentemente alguns moradores acreditam que serão beneficiados com a melhoria da qualidade de vida. Porém a especulação imobiliária está a pleno vapor, muitos que já foram expulsos de bairros periféricos da porção continental, estão novamente ameaçados.

Espaço urbano de Belém


O espaço urbano de Belém, como qualquer outro espaço urbano, apresenta-se permeado de contradições, campo de lutas sociais e interesses heterogêneos; onde os donos do capital conseguem através da especulação imobiliária, multiplicar seus rendimentos; onde as classes menos favorecidas lutam para manterem-se vivas. Espaço urbano que se adensa, verticaliza e ao mesmo tempo se expande para a dimensão insular do município, útimos recantos verdes da cidade, ocupam áreas que em muitos casos não oferecem as menores condições de moradia e higiene; onde o Estado, através de suas ações, propicia a acumulação de capital por parte das classes mais ricas, acumulação que por vezes se dá às custas da degradação do meio ambiente, mesmo quando legislações criadas específicamente para atender os problemas que ocorrem no espaço urbano, como é o caso do plano diretor urbano, não atendem aos seus objetivos. Eis então o espaço urbano, um mosáico de contradições campo de lutas constantes pelo direito de morar, de morar de forma digna.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

PROJETO JARI

Esse projeto foi idealizado pelo milionário norte americano Daniel Keith Ludwig. Ele mandou construir uma fábrica de celulose no Japão, na cidade de Kobe, usando tecnologia finlandesa da cidade de Tampere, foram construídas duas plataformas flutuantes com uma unidade para a produção de celulose e outra para a produção de energia. A unidade de energia produzia 55 megawatts e era alimentada por óleo BPF a base de petróleo com opção para consumo de cavacos de madeira. Após viajar milhares de km, as plataformas foram levadas até o Rio Jari.
O vídeo acima foi contratado pelo próprio Daniel Ludwig com o objetivo de convencer os governantes militares que o investimento não teria ideal separatista e se assemelhava aos grandes projetos militares.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O "poderoso" crescimento populacional

Segundo a pesquisa "Estatísticas do Registro Civil", divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Em 1998, os registros de nascimento entre mães menores de 20 anos representavam 21,3% do total. Em 2008, esse percentual foi de 19,4%.
De acordo com a pesquisa, o Pará apresenta o segundo maior percentual de gravidez precoce atingindo a marca de (26%), perde apenas para o Maranhão que obteve (26,2%). Já as menores taxas foram observadas no Distrito Federal (14%) e em São Paulo (15,6%). No Rio de Janeiro, esse percentual é de 18%.
Quem se habilita em apontar causas para o referido problema?
Será que a charge acima apresenta alguma relação?

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

VÍDEOS BELO MONTE

Disponibilizo dois vídeos antagônicos para fortalecer o debate.



domingo, 22 de novembro de 2009

Belo Monte

Muitos ainda lembram da forte cena em que a índia Kaiapó Tuíra passa seu facão no rosto do engenheiro da Eletronorte, um ato de advertência contra a construção da hidrelétrica de Kararaô, atualmente conhecida como Belo Monte. Mas qual o motivo do episódio?
Nas décadas anteriores, mais precisamente em 70 e 80, a Amazônia recebeu dois grandes projetos de infra-estrutura, as hidrelétricas de Tucuruí (PA) e Balbina (AM). Porém, as gigantescas obras trouxeram uma série de problemas para as populações locais e para o meio ambiente.
Tucuruí e Balbina desalojaram comunidades inteiras, inundaram áreas maiores do que haviam sido planejadas e destruíram a fauna e flora daquelas regiões. O lago de Balbina, a 146 quilômetros de Manaus, proporcionou a inundação da reserva indígena Waimiri-Atroari, mortandade de peixes, escassez de alimentos e fome para as populações locais. A contrapartida, que era o abastecimento de energia elétrica da população local, não foi cumprida. Em 1989, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), analisou a situação do Rio Uatumã, onde a hidrelétrica fora construída, concluiu por sua morte biológica. Em Tucuruí não foi muito diferente. Quase dez mil famílias ficaram sem suas terras, entre indígenas e ribeirinhos que até hoje não tiveram suas situações regularizadas pela Eletronorte. Diante desse quadro, em relação à Belo Monte, é preciso questionar a relação custo-benefício da obra, o destino da energia, os subsídios fornecidos aos grandes projetos e como viverão os povos da floresta?
Foto: Paulo Jares

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Belo Monte é tema de audiência pública no Senado nesta quinta (19/11)


A Comissão de Direitos Humanos de Legislação Participativa do Senado debate, nesta quinta (19/11), os termos do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do Aproveitamente Hidrelétrico (AHE) Belo Monte, no Rio Xingu. A reunião será às 10h, em Brasília, na Ala Nilo Coelho, Sala 2, Anexo II, e deve contar com a presença do procurador da República em Altamira (PA), Rodrigo Timóteo.
Embora o leilão para a concessão da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, previsto para 21 de dezembro, deva ser adiado para janeiro de 2010, continuam os debates sobre o EIA e sobre a falta de consulta às populações que seriam impactadas pelo empreendimento. A audiência pública desta quinta-feira, solicitada pela Comissão de Direitos Humanos de Legislação Participativa no Senado, é um exemplo. A possibilidade de adiamento da data do leilão foi levantada pelo secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmerman, que justificou que o prazo original foi afetado pela falta da licença prévia ambiental.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que a licença – a ser expedida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) – será liberada quando todas as pendências estiverem solucionadas.
Referência de imagem e texto: www.socioambiental.org

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Atividade de Estudos Amazônicos

Leia atentamente o trecho e o cartaz abaixo:
Na década de 1970, no chamado “Milagre Brasileiro”, o governo militar estimulou a ocupação da Amazônia como política de soberania nacional, oferecendo terras na região para os migrantes: “terras sem homens para homens sem terra”.


                                           Click na imagem para amplia-la.
De acordo com nossa aulas o que representava de fato o slogam “terras sem homens para homens sem terra”.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

VALEU PANTERA!!!

A Geografia do futebol brasileiro foi alterada no sábado 01 de novembro de 2009. A equipe do São Raimundo de Santarém sagrou-se campão brasileiro da série D, um feito inédito para a região.
Com o título, o Oeste paraense surge no mapa dos campeões brasileiros, uma vitória grandiosa se colocarmos claramente todos os adversários que foram derrotados durante todo o ano de 2009.
Parabéns São Raimundo, parabéns Santarém!
Vamos lá São Francisco!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O novo município paraense - MOJUÍ DOS CAMPOS

O mais novo município paraense, Mojuí dos Campos, atualmente distrito de Santarém, foi emancipado este ano depois de uma longa espera dos seus moradores, mais de 10 anos se passaram para ver seu sonho concretizado. O município nasce maior que muitos municípios do estado, com cerca de 32 mil habitantes. A emancipação política de Mojuí estava emperrada em Brasilía pela burocracia e pela antiga Emenda Constitucional 15, de 1996, que tornava praticamente impossível a criação de novas unidades municipais. Sua criação voltou a ser discutida ano passado, quando o Senado aprovou a Emenda Constitucional 57/08, que regulamenta a criação de novos municípios, tornando-as mais fáceis. A instalação de Mojuí dos Campos como município deverá ocorrer dia 1º de janeiro de 2010, depois das eleições que vão eleger prefeito, vice-prefeito e 9 vereadores, previstas para o mês de dezembro, segundo o TRE, alterando o número de municípios paraenses para 144 unidades.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

VIOLÊNCIA II

Que Belém é a capital do barulho todos sabemos, pois em qualquer esquina há uma máquina de fazer barulho, seja em estabelecimento comercial ou residência, sempre há um ou mais importunando o sossego alheio. Porém, o assunto torna-se mais grave quando se trata das famigeradas aparelhagens que espalham barulho e violência pela cidade. Não se sabe como tantas pessoas se divertem perseguindo “Djs” de segunda a segunda, como conseguem tanto dinheiro para patrocinar baldes e baldes de cervejas. Seria impossível não relacionar o aumento do número de assaltos e sequestros em nossa cidade aos espetáculos do barulho. Só não vê quem não quer, a molecada se embebeda ao redor de dezenas, centenas de cervejas, bebidas compradas por menores ou jovens que não trabalham e já deixaram de estudar faz muito tempo. De onde vem esse dinheiro? Para onde vai esse dinheiro?
Estou escrevendo essa postagem ouvindo ao longe uma aparelhagem tocar, ai pergunto: como trabalharão no dia seguinte os freqüentadores dessa festa? isso se trabalharem! Acredito que não precisamos de equipe de inteligência para saber onde estão os bandidos da cidade, ou pelo menos parte deles.
Pais cuidem de seus filhos pequenos.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

2º Concurso de Blogs

É com muita honra que comunico aos meus leitores a conquista do 2º lugar no concurso de blogs das escolas estaduais em sua segunda edição, mais precisamente na categoria professor. Agradeço de coração a todos que acompanham nossas postagens e contribuíram com comentários e mensagens.
Dedico a conquista a minha esposa Tatiana e minhas filhas Raíssa e Taísa, pois aturam com paciência minhas longas horas no computador.
Parabenizo a professora Ana Cecília pela 3ª colocação no mesmo concurso, mostrando a força da Escola Estadual do Outeiro ao colocar dois professores no pódio do concurso.
Parabenizo ainda a coordenação do concurso pela bela iniciativa.
Muito obrigado a todos!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Dia do Professor

Nossa homenagem aos professores vai em forma de lembrança ao maior geógrafo brasileiro.
“O sonho obriga o homem a pensar”
Milton Santos (1926-2001) é considerado o maior geógrafo brasileiro pelos colegas de profissão. O professor de voz calma e olhar tranquilo sublinhou o aspecto humano da geografia e criticou a globalização perversa. Via na população pobre o ator social capaz de promover uma outra globalização, que defendeu em livros e conferências pelo mundo.

Estamos de volta

Após um período sem computador em casa retornaremos com postagens regulares.

sábado, 12 de setembro de 2009

VIOLÊNCIA

É muito triste ouvir de colegas professsores que já estão cansados com toda essa onda de violência e que pretendem procurar outro ofício, pois não acreditam mais na mudança de comportamento de muito de nossos jovens. Mais triste e grave é ter que escrever que as escolas do DAOUT não são mais seguras, na verdade nunca foram, porém a violência ainda não havia adentrado nos espaços escolares.
Quando haverá um basta em tudo isso, não AGUENTAMOS MAIS. a Escola Estadual do Outeiro, onde trabalho desde 2004, foi assaltada três vezes no mês de agosto. Os alunos da EJA, que geralmente desistem em maior número, dizem que abandonarão em massa, nós professores estamos preocupados com a gravíssima situação de insegurança.
Devemos cobrar de nossos governantes e legisladores mudanças radicais em nossa constituição, precisamos identificar como capaz o sujeito que manuseia com destreza uma arma de fogo; que mata impiedosamente só para ver o tombo; que bebe, dirige, cheira, fuma, engravida. Faz tudo aquilo que só os adultos faziam há 40 anos atrás.
BASTA !

domingo, 16 de agosto de 2009

Os Complexos Regionais

Existe outra forma de regionalizar o Brasil, de uma maneira que capta melhor a situação sócio-econômica e as relações entre sociedade e o espaço natural. Trata-se da divisão do país em três grandes complexos regionais: o Centro-Sul, o Nordeste e a Amazônia.
Ao contrário da divisão regional oficial, esta regionalização não foi feita pelo IBGE. Ela surgiu com o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger no final da década de 60, nela o autor levou em consideração o processo histórico de formação do território brasileiro em especial a industrialização, associado aos aspectos naturais.
A divisão em complexos regionais não respeita o limite entre os estados. O Norte de Minas Gerais encontra-se no Nordeste, enquanto o restante do território mineiro encontra-se no Centro-Sul. O leste do Maranhão encontra-se no Nordeste, enquanto o oeste encontra-se na Amazônia. O sul de Tocantins e do Mato Grosso encontra-se no Centro-Sul, mas a maior parte desses estados pertencem ao complexo da Amazônia. Como as estatísticas econômicas e populacionais são produzidas por estados, essa forma de regionalizar não é útil sob certos aspectos, mas é muito útil para a geografia, porque ajuda a contar a história da produção do espaço brasileiro.
O Nordeste foi o pólo econômico mais rico da América portuguesa, com base na monocultura da cana de açúcar, usando trabalho escravo. Tornou-se, no século XX, uma região economicamente problemática, com forte excedente populacional. As migrações de nordestinos para outras regiões atestam essa situação de pobreza.
O Centro-Sul é na atualidade o núcleo econômico do país. Ele concentra a economia moderna, tanto no setor industrial como no setor agrícola, além da melhor estrutura de serviços. Nele se também a capital política do país.
A Amazônia brasileira é o espaço de povoamento mais recente, ainda em estágio inicial de ocupação humana. A área está coberta por uma densa floresta, com clima equatorial, que dificulta o povoamento. Os movimentos migratórios na direção desse complexo regional partem tanto do Centro-Sul como do Nordeste, sendo que hoje a região mais recebe população.
Essa é uma visão superficial da organização do espaço geográfico brasileiro. Ela resume as principais características naturais e humanas de cada uma dessas regiões. Por serem vastas áreas, verdadeiros complexos regionais, o Nordeste, o Centro-Sul e a Amazônia registram profundas desigualdades naturais, sociais e econômicas. As regiões apresentam diferenças entre si e variedade interna de paisagens geográficas.
Em meio à pobreza tradicional, o Nordeste abriga imensos recursos econômicos e humanos, que apontam caminhos para a superação de uma crise que já se prolongou demais. As transformações introduzidas nas zonas irrigadas do Vale do São Francisco e a criação de zonas industriais na área litorânea comprovam essa possibilidade.
A geração de riquezas no Centro-Sul tornou essa região a mais rica do país, estabelecendo um pólo de atração populacional que, no século XX, originou as maiores metrópoles nacionais. O ritmo acelerado desse crescimento criou disparidades sociais gravíssimas, como desemprego, favelamento, e problemas ambientais de difícil solução.
Áreas significativas da Amazônia já foram ocupadas, especialmente aquelas situadas na parte oriental da região ou nas margens dos rios. Hoje esse povoamento se acelerou muito, a tal ponto que os conflitos pela posse da terra se tornaram tristemente comuns. Formaram-se também grandes cidades, caracterizadas pelo crescimento explosivo e por profundos desequilíbrios sociais e econômicos.

Divisão Regional do IBGE

A ocupação humana e econômica do território brasileiro produziu modificações importantes no espaço natural. Em vastas áreas, a vegetação original foi quase inteiramente destruída, como aconteceu com as matas tropicais dos mares de morros ou a mata de araucária nos planaltos do sul do país. No seu lugar, surgiram pastagens, campos cultivados, regiões industriais, cidades.
As primeiras propostas de divisão regional do Brasil baseavam-se nas diferenças da paisagem natural. Atualmente, porém, não faz mais sentido elaborar uma divisão regional que não leve em conta as alterações da paisagem produzidas pelo homem.
Por isso, a divisão oficial do Brasil em regiões baseia-se principalmente nas características humanas e econômicas do território nacional. A regionalização elaborada pelo IBGE divide o país em cinco macrorregiões. Os limites de todas elas acompanham as fronteiras político-administrativas dos estados que formam o país.
Cada uma das macrorregiões do IBGE apresenta características particulares. São "sinais" que ajudam a identificá-las, como os sinais de nascença ou as impressões digitais distinguem as pessoas. Alguns desses sinais são muito antigos, como se a região já tivesse nascido com eles: trata-se das características naturais impressas na paisagem. Outros são recentes: foram, e continuam sendo, produzidos pela atividade social de construção do espaço geográfico.
A região Sudeste é a mais industrializada do país e também a mais urbanizada. As maiores empresas instaladas no país têm as suas sedes no Sudeste. Nessa região, estão as duas principais metrópoles brasileiras: São Paulo e Rio de Janeiro. O domínio natural mais importante é o dos mares de morros, antigamente recoberto por verdes matas tropicais.
A região Sul caracteriza-se pela presença de numerosos descendentes de europeus: alemães, italianos ou eslavos. Essa região apresenta também os melhores indicadores sociais do país. A sua agropecuária, moderna e produtiva, transformou-a em fornecedora de alimentos para todo o país. É a única do Brasil com clima subtropical.
A região Nordeste já foi a mais rica, na época colonial. Depois, sua economia declinou e ela se transformou na mais pobre região brasileira. Por isso, tornou-se foco de repulsão de população. Os migrantes nordestinos, ao longo do século XX, espalharam-se por todo o país. Atualmente, o rápido crescimento econômico de algumas áreas do Nordeste está mudando essa situação.
As regiões Centro-Oeste e Norte são os espaços geográficos de povoamento mais recente, que continuam a sofrer um processo de ocupação. Por isso, a paisagem natural encontra-se, em grande parte, preservada.
A região Centro-Oeste, espaço dos cerrados, começou a ser ocupada mais rapidamente após a construção de Brasília, inaugurada em 1960. De lá para cá aumentou bastante a população regional. Aumentaram também a criação de gado e a produção agrícola. Mesmo assim, existem áreas com densidades demográficas muito baixas, como o Pantanal.
A região Norte, espaço da floresta equatorial, é de ocupação ainda mais recente. Mas essa ocupação vem crescendo rapidamente. A derrubada da mata, as queimadas, a poluição dos cursos de água por garimpos e os conflitos pela posse da terra são conseqüências ambientais e sociais da colonização da Amazônia

quarta-feira, 15 de julho de 2009

CADÊ O FIDÉLIS?

Observando alguns mapas de Belém, disponibilizados no site da prefeitura, encontrei a planta ao lado que mostra a ilha de Caratateua, para minha surpresa todo o bairro do Fidélis desapareceu do documento oficial, será descuido ou desconhecimento?
Porém o “esquecimento” não parou por ai, as escolas municipais Monsenhor José Maria Azevedo e Helder Fialho Dias, também não aparecem destacadas na planta em questão, mas são instituições municipais não poderiam ser excluídas de um documento criado pela prefeitura, sejam eles de qualquer secretaria. É certo que as pessoas que moram no Fidélis e as comunidades escolares do Monsenhor Azevedo e Helder Fialho são muito importantes para serem esquecidas.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

REGIÕES DE PLANEJAMENTO DO PARÁ

O Pará é dividido e classificado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em micros e mesorregiões levando em consideração apenas os aspéctos físicos e climáticos, esquecendo-se dos fatores sociais, econômicos e pluralistas presentes em cada região, que não pode ser analisada de um ponto de vista isolado sem levar em consideração as características socio-culturais do povo que a compõe, sendo este o principal elemento de transformação do espaço e presevação dos costumes inerentes em cada etnia. Foi pensando nisso que o Estado, baseado em pesquisas bastante fundamentadas, estabeleceu uma nova classificação levando em conta principalmente os dados sociais e culturais criando as Regiões de Integração, uma nova classificação do espaço paraense.

sábado, 4 de julho de 2009

PRAIAS SEMPRE IMPRÓPRIAS

Se 92%, 274,5 milhões de litros de esgoto produzidos diariamente na capital paraense são descartados inadequadamente através de soluções individuais, geralmente fossas, que infiltram esse esgoto no solo e contaminam o aqüífero subterrâneo (lençol subterrâneo de água), uma vez que possuem baixa eficiência. Sendo assim, não é novidade para ninguém que as praias localizadas na região metropolitana de Belém, sobretudo as de Icoaraci e Caratateua, sempre estarão impróprias para banho. Nossos jornais e televisões parecem ter um roteiro de pauta anual que apenas retiram da gaveta, batem a poeira e levam ao ar, pois sempre verificamos as mesmas noticias, ano após ano.
Em 2004, um estudo realizado pela bolsista Bianca Coelho Machado, orientado pela professora Vera Maria Nobre Braz, ambas da UFPA, obteve a seguinte conclusão: as praias da Ilha de Caratateua e do distrito de Icoaraci, que encontraram-se impróprias em ambos os períodos. Se nada foi feito no período de 2004 a 2009 em termos de saneamento básico, é fácil saber como encontram-se tais praias.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O GIGANTE DOS MUNICÍPIOS

O município de Altamira, localizado na mesorregião do Sudoeste Paraense, possui uma área territorial de 159.695,94 km² representando 12,80 % do Estado, 4,14 % da Região e 1,88 % de todo o território brasileiro. A gigantesca área coloca o município paraense como o 1º colocado em extensão territorial, superando a área territorial de seis países europeus juntos (Holanda 41.864 km², Bélgica 30. 528 km², Luxemburgo 51,46 km², Dinamarca: 43.093 km², País de Gales 20.779 km² e Irlanda do Norte 13.843 km²)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

FINANCIAMENTO FEDERAL E DANOS AMBIENTAIS EM ICOARACI II

Desde 2006, já se constatou através de laudo técnico do IML do estado do Pará que o curtume Ideal, localizado na estrada da Maracacuera, distrito de Icoaraci em Belém, agride o rio Piraíba, outro estudo apresentado no II Congresso de Pesquisa e Inovação da Rede Norte Nordeste de Educação Tecnológica João Pessoa - PB - 2007, concluiu que a carga de nitrogênio amoniacal, mais as demandas determinadas com base nas relações estequiométricas acima, fica evidente em se afirmar que os comportamentos do pH e OD no rio Piraíba estão sendo alterados pela sobrecarga de nitrogênio amoniacal oriunda do sulfato de amônia utilizado na etapa purgagem/maceração e do material protéico removido durante o processamento de couro, os quais deverão ocasionar a mortandade de peixes e camarões existentes nesse ambiente aquático.

Estamos em meados de 2009 e ainda percebemos o odor insuportável produzido pelo curtume.
Onde estão os Estudos e o relatório de impactos ambientais da empresa, será que não eram pré-requisitos para a liberação das verbas do FNO/Basa, ou existe alguma relação com a prisão do diretor do banco da amazônia?
A Pergunta que não quer calar:
Por que com todas as evidências nossas autoridades ainda não resolveram o problema?????

Foto: Tatiana Tavares 2009

segunda-feira, 29 de junho de 2009

SÓ NOS FALTAVA ESSA!

A estrela acima da faixa de "Ordem e Progresso" passa, com a aprovação do projeto, a homenagear o Distrito Federal.
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou na última terça-feira (23) emenda do Senado Federal que sugere a troca das estrelas correspondentes ao Pará e ao Distrito Federal no círculo azul da bandeira nacional.

A emenda foi sugerida ao Projeto de Lei 350/99, do Poder Executivo, que trata das formas e da apresentação dos símbolos nacionais. O relator que avaliou a sugestão na CCJ, deputado Jaime Martins (PR-MG), defendeu a aprovação da proposta do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ).
O projeto original, do Poder Executivo, manteve uma tradição: a única estrela localizada acima da faixa de Ordem e Progresso, a chamada "Spica - Alfa de Virgem", continuou representando o estado do Pará, o estado mais ao norte do País no início da República. Naquela época, nem Roraima, nem Amapá existiam.
Mas o senador achou que faria mais sentido a inversão das duas correspondências e sugeriu que a estrela acima da faixa homenageie o Distrito Federal, que, segundo ele, era a correspondência inicial pensada para ela.
Onde estão os parlamentares paraenses, o nosso estado está perdendo tudo. Vamos acordar excelências. Tudo acontece e não percebemos nenhuma movimentação por parte das pessoas que elegemos para nos representar.

sábado, 27 de junho de 2009

MAFALDA E A GEOGRAFIA

Que as excelentes tirinhas do cartunista argentino Quino, criadas a partir de 1964, são importantes instrumentos para ilustrar aulas de Geografia não se discute, porém a inspiração para criar a simpática garotinha descobri a pouco tempo. Revirando antigas fotos de família, achei uma raridade.


A Mafaldinha acima é a Tatiana, minha esposa, claro que não foi a inspiração de Quino, pois nasceu mais de 10 ano depois, mas que parece, parece.
Desculpe-me TATI, mas não poderia perder o rico material.
Te amo, beijos...



O novo mapa político do Brasil

A partir de hoje, postaremos charges relacionadas ao objeto de estudo da Geografia. A primeira infelismente reflete a realidade por que passa nosso país.

FINANCIAMENTO FEDERAL E DANOS AMBIENTAIS EM ICOARACI

Um laudo pericial do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves que atesta a poluição ambiental provocada ao meio ambiente de Icoaraci por três curtumes locais. A conclusão do documento, de 17 páginas e com 113 fotos ilustrativas, foi elaborado para verificar a poluição ambiental no rio Piraíba e adjacências das empresas Curtume Fênix Curtidora Ltda., Curtume Ideal. O laudo afirma que no momento da perícia - realizada entre 18/5/05 até 20/2/06 - e diante de todas as evidências constatadas in loco e dos resultados laboratoriais encontrados, "os curtumes periciados provocavam poluição ambiental em sua área interna (solo da empresa) e na área circunvizinha, mais especificamente nos Curtumes Ideal e Fênix ao rio Piraíba, podendo com isso comprometer o equilíbrio do meio ambiente local". O laudo é assinado pelos peritos criminais Leonardo José Figueira Paradela, Eliete Pereira de Carvalho e John da Silva Araújo. Apesar da constatação daquilo que a a população leiga já sabia desde o início das operações do Curtume Ideal, a empresa estampa em sua fachada uma placa do Programa de Financiamento do Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (FNO – Amazônia Sustentável) , crédito destinado a contribuir para o desenvolvimento econômico e social da Região Norte, EM BASES SUSTENTÁVEIS.
Não precisamos escrever mais nada.
Fonte consultada Diário do Pará.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Amazônia: solo pobre vegetação exuberante

Muitos já terão ouvido ou lido que os solos da região amazônica são quimicamente pobres. Certamente esta informação foi recebida com um certo ceticismo, afinal como uma vegetação tão exuberante quanto à da floresta amazônica pode se manter sobre um solo pouco fértil? Bem, apesar de estranho, a informação é verdadeira. Os solos se desenvolvem a partir da destruição (intemperismo) das rochas, que chamamos de material de origem. O solo é resultado não só da decomposição física (quebra em pedaços cada vez menores) da rocha, mas também da alteração química dos minerais formadores das rochas, com a formação de outros minerais típicos de solos (minerais secundários). Mas o intemperismo não pára com a formação do solo. Os solos também são intemperizados, principalmente em regiões onde chove muito, notadamente as regiões tropicais, como na Amazônia. Nas regiões de alta pluviosidade (muita chuva), a grande disponibilidade de água permite que haja muito crescimento vegetal. As plantas, mesmo as que crescem em solos pobres, conseguem adquirir nutrientes, em geral produzindo raízes profundas que exploram camadas um pouco mais ricas. Com o passar do tempo, os nutrientes vão sendo retidos na matéria orgânica. Quando as plantas morrem ou quando perdem as partes que caem ao solo, o material vegetal é decomposto pelos microrganismos do solo e os elementos retidos são liberados e reabsorvidos pelas outras plantas. Assim, é possível a ocorrência de florestas exuberantes, como a Amazônica, sobrevivendo basicamente dos nutrientes retidos na matéria orgânica. Quando há a derrubada ou queima destas florestas para implantação de pastagens ou culturas agrícolas, quase toda a matéria orgânica do solo é perdida, juntamente com os nutrientes nela retidos, daí a dificuldade em se estabelecer agricultura produtiva nestas áreas e a importância da manutenção das florestas. No início da atividade agrícola, quando ainda há um resto da matéria orgânica original e os nutrientes das cinzas das matas, há boas produções, mas gradualmente esta matéria orgânica vai sendo perdida e as produções decrescem ano a ano, dependendo mais e mais de adubos.

Texto: Ítalo M. R. Guedes

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Vote na Amazônia

Um concurso promovido pela fundação The New 7 Wonders vai destacar as novas sete maravilhas da natureza. A Amazônia entrou forte na disputa, e para ser escolhida entre os 261 concorrentes, precisa de votos para manter-se na posição atual, que no mês de março alternou entre a primeira e a segunda colocação na categoria que engloba Florestas, Parques Nacionais e Reservas Nacionais.
Foi criado o site www.voteamazonia.com.br. Após um rápido cadastramento é possível votar. Serão eleitas 77 atrações em todo o planeta. O concurso é subdividido em sete categorias e vai classificar as 11 maravilhas mais votadas em cada grupo. O anúncio dos 21 finalistas será dado no dia 21 de julho, e a partir daí inicia-se a etapa final. A Amazônia não é o único atrativo brasileiro apresentado no concurso. Foz do Iguaçu, Fernando de Noronha e Monte Roraima, também concorrem às sete maravilhas da natureza.

Verão ou Inverno?

Vivemos em um estado cortado pela linha do Equador, portanto com terras no hemisfério Norte (menor parte) e no hemisfério Sul. Clima equatorial com dois períodos bem distintos durante o ano, um chuvoso iniciando em dezembro e outro seco com início em junho. O inverno amazônico como devemos chamar, acontece no mesmo período em que o restante do país vive o seu verão e, o verão amazônico, período de férias escolares, acontece exatamente quando ocorre o ápice do inverno brasileiro.
Algumas confusões podem acontecer, pois quando dizemos que estamos no inverno as emissoras de televisão anunciam o horário de verão. Em julho, mês de se comprar roupas de verão, as grandes lojas de departamentos nacionais instaladas em Belém vendem suas coleções de inverno.
Certamente as denominações das estações climáticas do Pará não devem ser mudadas, pois foram culturalmente constituídas, mas podemos indicar verão e inverno amazônicos.

terça-feira, 16 de junho de 2009

A agricultura familiar combate a fome?

A expansão da fronteira agrícola para a Amazônia e, principalmente para o estado do Pará, nos traz grande preocupação. O solo do nosso estado é originalmente pobre, a exuberante floresta é sustentada pela matéria orgânica que ela mesma produz. A implementação da chamada “revolução verde”, no nosso estado, modelo de produção agrícola difundido pela pesquisa e extensão convencionais, intensivo em capital, baseado na produção em grandes propriedades de monocultivos para exportação, a partir da utilização intensiva de insumos industriais, como adubos químicos, venenos e sementes de alta produtividade. No mundo, tal modelo não tem conseguido dar resposta a questão do acesso aos alimentos. Ao contrário, onde o modelo se implantou, o que ocorreu foi aumento da concentração da renda e dos meios de produção, com reflexos significativos na ampliação da insegurança alimentar e nutricional da população pobre. Há inúmeros exemplos de impactos econômicos, sociais e ambientais negativos, substituição das florestas por monocultivos, erosão de solos e assoreamento de rios e lagos, contaminação de águas e alimentos com agroquímicos, empobrecimento dos pequenos produtores e das comunidades que vivem da agricultura familiar.
A revolução realmente necessária no mundo atual é aquela que amplie a produção sustentável e diversificada de alimentos, ao mesmo tempo que facilite o acesso a esses alimentos pela população pobre.
A agricultura continua sendo fundamental para o crescimento da economia mesmo em países majoritariamente urbanizados e a agricultura familiar responde por uma parte importante desta contribuição.
Os números da agricultura familiar são impressionantes: dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário apontam que no Brasil existem 4.139.369 estabelecimentos rurais familiares, ocupando uma área de 107,8 milhões de hectares. A agricultura familiar é responsável pela produção de mais de 70% dos alimentos consumidos internamente no Brasil, incluindo o auto consumo das famílias camponesas. Os agricultores familiares produzem 24% do VPB da pecuária de corte, 54% da pecuária de leite, 58% dos suínos, 40% das aves e ovos, 33% do algodão, 72% da cebola, 67% do feijão, 97% do fumo, 84% da mandioca, 49% do milho, 32% da soja, 46% do trigo, 58% da banana e 25% do café.
Com o devido incentivo de crédito, acesso a terras, à tecnologia, aos demais meios de produção e aos mercados, a agricultura familiar pode promover um conjunto de serviços que vão além da produção de alimentos. Sua característica de distribuição de renda e geração de empregos possibilita que milhões de pessoas tenham condições de acessar os alimentos. A agricultura familiar pode ainda contribuir com os processos de conservação de solos e águas, manejo sustentável da biodiversidade, produção de biomassa, cujo valor para as gerações presentes e futuras é incalculável.
Adaptado de http://www.actionaid.org.br/Portals/0/Docs/artigo_crise_alimentos.PDF

sábado, 13 de junho de 2009

Manaus 2014

Cinco anos antes da seleção brasileira entrar em campo para disputar a copa de 2014, nós paraenses já estamos derrotados, desesperançosos, pois a grande competição poderia, quem sabe, melhorar nossa qualidade de vida, mesmo que apenas solucionasse o caos que se encontra o transporte urbano de Belém.
Nossa infra-estrutura é precária, precisaríamos melhorar muito, não temos o elementar, nos falta... não enumerarei cada item, pois isso alongaria sobremaneira a postagem.
A imagem ao lado ilustra muito bem o que é falta de infra-estrutura. Uma cidade com tais problemas não poderia mesmo sediar um evento tão importante. Os turistas europeus precisam focar seus lindos olhos claros em paisagens preservadas, pouco agredidas pela ação antrópica. A imagem mostrada seria uma agressão sem igual, um local como o mostrado ao lado não deveria nem ter sido indicado como uma possível candidata a subsediar jogos do mundial, sobretudo pelo valor absurdo dos astros que desfilarão nos gramados brasileiros.
Mas nós estamos falando de um grande espetáculo capitalista, de interesses políticos e econômicos que superam os itens meramente técnicos, enveredam pelos lobbys, pelo "jeitinho brasileiro", pelos dólares nas cuecas, pelas inúmeras formas de corrupção, nas quais somos também imbatíveis. Levando em consideração os últimos critérios verificados e avaliados a cidade da foto ao lado conseguiu ser subsede da copa de 2014. Parabéns MANAUS!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A Geografia desmascara...

Segundo Rui Moreira (1978), a Geografia "serve para desvendar máscaras sociais", neste sentido é de grande relevo desafiarmos nossos alunos a desmascararem questões relacionadas ao planejamento estatal, urbanização, meio ambiente e a interdependência entre tais elementos que compõem o espaço da Ilha de Caratateua, onde as elevadas taxas de crescimento populacional, verificadas nos últimos anos, não foram acompanhadas de uma infra-estrutura, capaz de oportunizar aos habitantes dessa porção insular do município de Belém uma qualidade de vida satisfatória.
Entender o processo de construção do espaço urbano da Ilha de Caratateua levará ao preenchimento de ‘lacunas’ que se encontram inexplicadas para grande parte da população da ilha. Sobretudo entender que as ocupações urbanas, trazem consigo uma qualidade de vida duvidosa para as famílias que habitam as áreas periféricas e as ilhas que compõem o município, pois nesses locais, geralmente inexistem alguns equipamentos urbanos essenciais para que possamos intitular os moradores dessas áreas de cidadãos. Como (Scarlato, 1997, p. 217) afirma.

O crescimento rápido das cidades não pode ser acompanhado no mesmo ritmo pelo atendimento e infra-estrutura para a melhoria da qualidade de vida. A deficiência de redes de água tratada, de coleta e tratamento de esgotos, pavimentação de ruas, galerias de águas pluviais, de áreas de lazer, de áreas verdes de núcleos de formação educacional e profissional, de atendimento médico
é comum nessas cidades.

Eis então o espaço urbano de Caratateua, um mosaico de contradições campo de lutas constantes pelo direito de morar, morar de forma digna. Espaço que precisa ser entendido pelos alunos da ilha enquanto totalidade, pois só assim, enfrentarão as situações problemas que a vida vai lhes impor como verdadeiros cidadãos.

Principais tipos de solos do Estado do Pará

Latossolos: É a classe de solo de maior ocorrência no país, são bem drenados, profundos, porosos e permeáveis, com colorações que variam do amarelo ao vermelho escuro (com exceção do horizonte A que é normalmente mais enegrecido devido à presença de matéria orgânica). Ocorrem em áreas de topografia suave e de relevo mais acidentado. Os Latossolos são geralmente acidificados e possuem baixa fertilidade natural, salvo algumas exceções. A facilidade de mecanização de maior parte de suas áreas de ocorrência tem permitido sua intensa utilização agrícola. São diferenciados pela cor, que lhes é atribuída pelo teor de óxido de ferro. As áreas de Latossolos se apresentam originalmente cobertas por floresta tropical, floresta semicaducifólia (Sul do Estado) e campos cerrados. Os Latossolos possuem qualidades para atender com sucesso aos cultivos florestais, desde que corrigidas as deficiências químicas comumente existentes nos de maior expressão geográfica. Os mais representativos Latossolos são:
a)Latossolo Vermelho Amarelo: Ocorre com expressividade no Noroeste, Sudeste eSudoeste do Estado. Sedimentos do Terciário correspondem ao material originário, consequentemente, a fertilidade natural, assim como a saturação de bases, é geralmente baixa. A textura se apresenta bastante variável.
b) Latossolo Amarelo: Ocupa significativas porções da área metropolitana de Belém e adjacências, Nordeste do Estado e numa forma igualmente expressiva no Baixo Amazonas. São solos amadurecidos com pH variando de ácido a muito ácido. O teor de argila é bastante variável, o que lhe confere a textura média a muito pesada. O material originário corresponde a sedimentos sendo, por isso, pobre em bases. Sua coloração amarela é atribuída ao baixo teor de ferro. O Latossolo do tipo Amarelo Húmico apresenta coloração mais escura, devido ao teor de matéria orgânica supostamente originária de uma longínqua ação humana, o que lhe confere boa reserva de bases trocáveis e, consequentemente, boa fertilidade. Este se encontra distribuído em pequenas áreas aplainadas no Baixo Amazonas e na mesorregião do Marajó.
c) Latossolo Roxo: Ocorre nos municípios de Monte-Alegre, Óbidos, Oriximiná, nos rios Trombetas e Jamundá, e região Sul do Estado do Pará. Possui coloração bruno-avermelhado escuro que, quando molhado, assemelha-se a roxo. Apresenta pequena variação de cor entre os horizontes e abundância de minerais pesados com atração ao imã. Formado a partir de rochas eruptivas, possui fração mineral de elevado valor em termos de elementos úteis às plantas e pH quase neutro, logo, sua fertilidade assegura boa produtividade em qualquer tipo de cultivo. O Laterítico bruno-avermelhado é frequentemente associado ao Latossolo Roxo, e se assemelha a este no que concerne à coloração, material originário, grau de fertilidade, distribuição geográfica e ao potencial de uso em reflorestamento. A diferença mais marcante entre eles se deve ao fato de o Laterítico-Bruno-Avermelhado apresentar, quando desidratado, estrutura subangular melhor definida.
Podzólicos: Depois dos Latossolos, os Podzólicos são os solos de maior ocorrência nopaís. São relativamente profundos, férteis, bem drenados, normalmente acidificados, com textura variando de média à argilosa, com diferença textural marcante entre o horizonte A e o 6. Tal qual os Latossolos, também apresenta cores que variam do amarelo ao vermelho escuro diferenciando-se daqueles pela menor profundidade e, principalmente, pelo acúmulo de argila no horizonte B em relação ao horizonte A. Os Podzólicos, são muito propícios à erosão não só pelo maior conteúdo de argila, que dificulta a penetração de água no perfil, mas também por ocorrer em área de topografia mais movimentada. Isso não inviabiliza sua utilização no reflorestamento, mas requer cuidados especiais no seu manejo. Floresta tropical corresponde a sua cobertura vegetal original. Podzólico do tipo Vermelho-Amarelo pode ser encontrado no Estado de forma pulverizada na parte Nordeste, Sudeste, Sul e no Baixo Amazonas.
Concrecionário Laterítico: Vieira et ai. (1971) define esta unidade como solos formados por misturas de partículas mineralógicas finas e concreções de um arenito ferruginoso (Laterita) de vários diâmetros, que em alguns casos preenchem completamente um perfil tipicamente latossólico. A coloração varia do bruno ao bruno amarelo-escuro (no horizonte A); e do bruno amarelado ao vermelho amarelado (no horizonte B). Apresentam-se mediamente profundos, frequentemente acidificados, com textura pesada e com baixa capacidade de trocas e saturação de bases, logo, o seu potencial de uso em cultivos florestais é limitado, apesar disso, quando bem manejado permite resultados satisfatórios na silvicultura. O revestimento florístico original do Concrecionário Laterítico corresponde à floresta tropical, mas pode ocorrer também no campo cerrado. Ocorre frequentemente em relevo ondulado, nas áreas próximas a Belém, Zona Bragantina, Sudeste paraense e Baixo Amazonas.
Solos de Areias Quartzosas: De coloração vermelho-amarelada, são solos profundos,de textura grosseira, constituídos de areia quartzo, drenagem excessiva, baixa fertilidade natural, baixos teores de bases trocáveis, baixo teor de argila e baixa capacidade de armazenamento deágua. O revestimento original corresponde à floresta onde predominam componentes de fustefino, sendo esses solos igualmente revestidos por campo cerrado e campo limpo. Encontra-se em superfície aplainadas de alguns municípios do Norte, Sul e Centro do Estado. É inadequado para reflorestamento.
Podzol Hidromórfico: Ocorre no Norte, Nordeste e Sul do Estado. É coberto originalmente por gramíneas, arbustos e, por vezes, por componentes arbóreos de fuste fino e longo. De coloração branco-acinzentado, possui textura arenosa, acidez elevada, baixa fertilidade natural e baixos teores de bases trocáveis é, portanto, inadequado ao reflorestamento, sendo normalmente utilizado como fonte de areia para construção civil. Plantios realizados neste tipo de solo apresentaram baixo índice de sobrevivência (20-22%) e baixa produtividade das plantas remanescentes.
Outras unidades poderiam ser pormenorizadas no molde das já mencionadas, a omissão foi proposital em virtude da menor expressão geográfica que representam, do pouco potencial ao cultivo ou ainda por serem impróprias ao reflorestamento na forma abordada aqui. Em suma, são elas, os Solos Gleizados em suas diversas formas encontrados próximos de rios, córregos, lagos, na ilha do Marajó e nas baixadas onde ocorrem inundações periódicas, o Grumosolou Vertissolo encontrado em Alenquer com alguns predicativos favoráveis ao cultivo ainda que carente em P2O5, o Regoso/com atributos que o assemelha ao Podzol Hidromórfico, distribuído em pequenas porções por todo Estado, e por fim o Litólico, bastante raso e por vezes com afloramento rochoso, encontrado em regiões de topografia ondulada.
Bibliografia:
CARVALHO, M.S. Manual de reflorestamento. Belém: Sagrada Família, 2006.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Glossário ilustrado de Geologia

A Geografia utiliza constantemente elementos que são estudados especificamente por outras ciências. A Geologia nos traz subsidios importantes para um bom estudo geográfico, dessa forma, disponibilizo o link abaixo que mostra um glossário ilustrado de geologia, muito interessante para o trabalho com nossos alunos do fundamental.

Fusos horários do Pará

Desde o dia 24 de junho de 2008 o Brasil passou a ter oficialmente 3 fusos horários.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou lei modificando os fusos horários do Estado do Acre e de parte do Estado do Amazonas, e da parte ocidental do Estado do Pará.
A nova Lei, decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República, reduziu de quatro para três o número de fusos horários brasileiros. A mudança atingiu todos os municípios do Estado do Acre e apenas alguns dos Estados do Amazonas e Pará.
A mudança nos fusos horários do Brasil fez com que o Estado do Pará, que anteriormente tinha dois fusos horários, passasse a ter apenas um. Os relógios da parte oeste do Estado foram adiantados em mais uma hora, fazendo com que todo o Pará ficasse com o mesmo horário de Brasília. Dessa forma, os municípios paraenses com uma hora de diferença em relação ao fuso oficial do Brasil passaram a ter o mesmo fuso horário de Brasília.

Comemorar???

Hoje, 05 de junho, o Dia Internacional do Meio Ambiente, nosso estado não contabiliza números que nos permitam comemorar a festiva data. Os descasos são muitos, descompromisso com aquilo que nos é de grande relevo, a nossa casa. É de impressionar a riqueza do Pará, a diversidade de recursos florestais, minerais e hídricos, mas também nos impressiona, espanta, o desmatamento desenfreado, grilagem de terras, violência no campo, trabalho escravo, prostituição infantil, pedofilia entre outros problemas que nos colocam como líderes de qualquer ranking mundial. Mas... e a nossa casa... casa que ainda não cuidamos, sujamos, desrespeitamos. Mas... nós temos nossa autoridades! Sim temos autoridades! Podemos contar com: políticos pedófilos, policiais corruptos, governantes latifundiários? E a nossa casa... ainda é nossa? Já tornou-se há muito uma mercadoria... mas se eu vender minha casa? Onde vou morar? Como vou morar? Como vou criar meus filhos, meus descendentes, gerações que levarão o meu nome... o meu sangue... sangue... sangue que corre na veia, que tece uma teia, fertiliza a semente de novos descendentes, que não viverão sem o Meiho Ambienmte.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

2º CONCURSO DE BLOGS EDUCATIVOS



O NTE-Belém realizará, a partir de junho, seu 2º Concurso de Blogs Educativos, com uma nova modalidade: o Blog do Professor. Assim, convidamos todas as escolas da rede publica estadual (RPE) da Grande Belém com Sala de Informática, e todos os professores blogueiros da RPE, para participarem. Veja abaixo o regulamento desse Concurso.

Neste ano teremos dois concursos. O primeiro será realizado por cada um dos NTE estaduais e premiará as escolas e professores de sua área de abrangência. Nessa etapa serão selecionados os três (3) melhores blogs em cada categoria para participarem da segunda etapa, o I Concurso de Blogs Educativos do Estado do Pará, quando estarão concorrendo a um Laptop para cada categoria. Esse concurso estadual está previsto para acontecer na segunda quinzena de outubro.

Regulamento do Concurso

DO CONCURSO

1 - O concurso destina-se selecionar os dez (10) melhores Blogs nas duas categorias concorrentes, e selecionar os três (3) primeiros de cada uma para participarem do I Concurso Blogs Educativos do Estado do Pará.

1.1 - Poderão se inscrever blogs em duas categorias, a saber:
a) Blog de escolas da rede pública estadual situadas na região metropolitana de Belém;
b) Blog de professores da rede pública estadual.

2 - Poderão participar somente blogs com, pelo menos, 10 postagens diferentes até a data de sua inscrição. Para todos os efeitos consideraremos a quantidade de postagens apresentadas no Gadget "Arquivo" do Blog.

DA INSCRIÇÃO

1 - As inscrições estão abertas no período de 01 de junho a 31 de agosto de 2009.
2 - Para se inscrever, o responsável pelo blog (da escola ou do professor) deve enviar um e-mail para o Coordenador do Concurso, Prof. Franz Kreüther Pereira (franzkre@gmail.com), informando de seu interesse em participar e indicando o endereço do blog.
3 - Cada blog participante deverá fazer uma postagem sobre o concurso, inserir a imagem acima (logo do Concurso) e um link para o blog do concurso (VEJA AQUI).
4 - Deve copiar e colar o selo do concurso (imagem acima) em local bem visivel de seu blog.

DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1- Serão selecionados os 10 melhores Blogs de cada categoria, utilizando-se dos seguintes critérios: conteúdo, criatividade, apresentação, quantidade de postagens e de comentários.
1.1 - No caso de blogs de escolas, além dos itens acima, tambném será levado em conta as participações de alunos e outros membros da comunidade escolar.
2 - Uma comissão julgadora, convidada pela Coordenação do Concurso e integrada por especialistas na área, se encarregará de escolher os vencedores, sendo sua decisão soberana.
3 - Quaisquer dúvidas, divergências ou situações não previstas neste regulamento serão julgadas e decididas de forma soberana e irrecorrível por essa Coordenação.

NOTA: O blog deve manter-se atualizado até a divulgação da premiação, em data a ser divulgada no blog do Concurso.

PRÊMIOS

Cada um dos 10 blogs, nas duas categorias, receberá um certificado de participação, além dos prêmios relativos a classificação. Apenas na categoria Blogs de EScolas, também serão premiados os professores de sala de informática responsáveis pelos três (3) primeiros colocados e haverá prêmios especiais para: o blog com maior número de postagens; o blog com maior número de acessos (a contar da data da inscrição) e a postagem que receber mais comentários.

Logo criada pelo Prof. Franz

terça-feira, 2 de junho de 2009

Dia Mundial do Meio Ambiente

O blog Geografia do Pará não poderia deixar lembrar o Dia Mundial do Meio Ambiente, DMMA, criado pela Assembléia Geral das ONU e comemorado anualmente no dia 5 de junho. O DMMA é um dos principais veículos utilizados pelas Nações Unidas para estimular a conscientização ao redor do mundo e reforçar as atenções políticas sobre o Meio Ambiente. O tema para o WED 2009 é "Seu Planeta Precisa de Você - UNidos para Combater Mudanças Climáticas". O Portal Voluntários Online está apoiando a campanha no "Dia Mundial do Meio Ambiente".

sábado, 30 de maio de 2009

Dicionário de Geografia

Dicionário muito importante para o estudo das questões referente ao espaço geográfico.
http://pessoal.gensa.com.br/antonio/files/ARQUIVOS_PARA_OS_ALUNOS/dicionario_geografico.pdf

Orientação: "Basicão" muito importante para a Geografia.

A orientação é feita através dos pontos cardeais, além dos pontos cardeais podemos também citar os pontos colaterais, subcolaterais e intermediários, formando um total de 32 pontos de orientação expressos na rosa dos ventos.Não é difícil encontrar os pontos cardeais. O lugar onde o Sol nasce é o Leste ou Oriente; onde se põe é o Oeste ou Ocidente.
ROSAS DOS VENTOS
Determina a nossa posição em relação aos pontos cardeais, colaterais, sub colaterais e intermediário totalizando trinta e duas direções.
Pontos Cardeais
Sul (S) – meridional e austral Leste (E) – oriente e nascente Oeste (O) – ocidente ou poente
Pontos Colaterais
Nordeste (NE) – entre o norte e o leste Sudeste (SE) – entre sul e o oeste Sudoeste (SO) – entre o sul e o oeste Noroeste (NO) – entre o norte e o oeste
Pontos Subcolaterais
Norte Nordeste (NNE) entre o norte e o nordeste Este Nordeste (ENE) entre o leste e o nordeste Este Sudeste (ESE) entre o leste e o sudeste Sul Sudeste (SSE) entre o sul e sudoeste Sul Sudoeste (SSO) entre o sul e sudoeste Oeste Sudoeste (OSO) entre o oeste e sudoeste Oeste Noroeste (ONO) entre o oeste e o noroeste Norte Noroeste (NNO) entre o norte e o noroeste
Coordenadas Geográficas
Conjuntos de linhas imaginárias (paralelos e meridianos) que determinam a localização de qualquer lugar ou acidente geográfico sobre a superfície do planeta. Os paralelos medem as latitudes, e os meridianos medem as longitudes.
Latitudes (paralelos)
As latitudes são os paralelos, linhas traçadas paralelamente ao Equador perfazendo 180° (90° no hemisfério norte e 90° no hemisfério sul) e que permitem determinar a latitude de um lugar. Latitude é a distância, em graus, que vai do Equador a qualquer ponto da Terra. Os pontos situados acima do Equador têm latitude norte e os pontos localizados abaixo têm latitude sul.Existem cinco paralelos especiais que você não pode esquecer:Círculo Polar Ártico Trópico de Câncer Equador Trópico de Capricórnio Círculo Polar Antártico

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Eletrobrás estuda construir cinco hidrelétricas no Pará, no modelo de plataformas flutuantes

Alana Gandra Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Até o fim deste ano, a Eletrobrás espera concluir os estudos que irão viabilizar a construção de cinco usinas hidrelétricas no complexo do Rio Tapajós, no Pará, utilizando o conceito de plataformas submarinas de petróleo. As cinco unidades deverão ter capacidade de geração de 11 mil megawatts (MW) de energia.
Esse é um dos grandes projetos em estudo pela estatal, ao lado da Usina de Belo Monte, também com capacidade de 11 mil MW e energia assegurada de 5 mil MW, cujo leilão está previsto para o final de setembro próximo.
O superintendente de operações no exterior da Eletrobrás, Sinval Zaidan Gama, ressaltou ontem, no 21º Fórum Nacional, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), que o projeto do Tapajós é inovador, na medida em que exigirá uma intervenção tecnológica diferente das tradicionalmente usadas em usinas hidrelétricas. "A grande diferença é que a gente tem uma metodologia chamada usina-plataforma. Nós vamos agir na selva, fazendo a intervenção com desmatamento mínimo possível durante a obra", afirmou o executivo. "Ao terminar a obra, nós vamos reconstruir a selva. Ou seja, as florestas ficarão intactas, com a mínima interferência, sem nenhum acampamento, sem cidade, sem nenhuma infraestrutura", salientou Gama.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

As chuvas no Pará

A Zona de Convergência Intertropical e uma das principais responsáveis pelas chuvas que ocorrem atualmente no estado do Pará.
Zona de Convergência Intertropical (ITCZ/ZCIT) é composta de um aglomerado de nuvens distintas, com escala de poucas centenas de quilômetros, os quais estão associadas a uma zona alongada de baixa pressão.
Trata-se do encontro dos ventos alísios de NE e SE, localizando-se entre as duas altas subtropicais dos hemisférios Norte e Sul. Nesse ponto, sofre um deslocamento sazonal (varia com a estação do ano). Situa-se em latitudes próximas ao equador, no verão do hemisfério sul, e desloca-se para latitudes do hemisfério Norte, no verão do hemisfério Norte.
A posição da ITCZ varia aproximadamente de 10º N à 5º S. Normalmente, a posição ao Norte ocorre em agosto - setembro. A posição mais ao sul ocorre em março e abril. Esse deslocamento está associado à variação na circulação atmosférica e na TSM(temperatura da superfície do mar). A influência da ITCZ para a região Este da região Norte e Norte do Nordeste é muito estudada e bem conhecida pelos cientistas no que concerne aos aspectos de climatologia. A ITCZ é a maior causadora de chuvas para os paraenses, no período que vai de meados de dezembro à maio, quando se caracteriza o chamado "inverno" em Belém.

sábado, 2 de maio de 2009

O Relevo e a hidrografia da Amazônia

O relevo Amazônico é na sua maioria de baixa altitute, em razão das planícies fluviais dos rios Amazonas e Araguaia, e das depressões. No extremo norte, há um pequeno pedaço de planalto (planaltos residuais norte-amazônicos), e logo embaixo, uma grande depressão (depressão marginal norte-amazônica). Há também pequenas partes de planaltos residuais no sul da região. Por fim, no leste há a depressão do Araguaia, e também planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba. Destacando que no ponto mais setentrional do país, no planalto residual norte-amazônico, estão os picos mais altos do Brasil: o Pico da Neblina (3014m) e o 31 de Março (2992m).
- Hidrografia: a hidrografia da Amazônia é a característica mais marcante deste complexo regional. Contém a maior bacia hidrográfica do planeta, que se extende por mais de 7 milhões de quilômetros quadrados (4 milhões no Brasil). O rio Amazonas contribui com boa parte desse número, pois sua extensão da nascente à foz é de 7100km. As nascentes dos rios mais importantes, como Solimões, Negro, Madeira, etc, nascem na cordilheira dos Andes, no Peru. Alguns atravessam outros países antes de chegar ao Brasil, como Equador, Colômbia, Venezuela, Guianas, etc.
Mapa da Hidrografia AmazônicaToda esta rede hidrográfica depende de dois fatores: a floresta amazônica, e o clima equatorial, com chuvas em quase todos os dias do ano

A Floresta Amazônica



A floresta ou hiléia amazônica é a maior floresta tropical pluvial do mundo. Possui a aparência, vista de cima, de uma camada contínua de copas, situadas a aproximadamente 50 metros do solo.A dificuldade para a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os animais que habitam o solo e precisam dessa vegetação rasteira. A maior parte da fauna amazônica é composta de animais que habitam as árvores. Não existem animais de grande porte, como nas savanas.
O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de nutrientes. Apesar disso, a flora e fauna mantêm-se, em virtude do estado de equilíbrio (clímax) atingido pelo ecossistema. O aproveitamento de recursos é ótimo, havendo mínimo de perdas. Um exemplo claro disso está na distribuição acentuada de micorrizas pelo solo, que garantem às raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem a partir da floresta, com as chuvas. Também forma-se no solo uma camada de decomposição de folhas, galhos e animais mortos, que rapidamente são convertidos em nutrientes e aproveitados antes da lixiviação.Abaixo de uma camada inferior a um metro, o solo passa a ser arenoso e com poucos nutrientes. Por isso e por conta da disponibilidade quase ilimitada de água, as raízes das árvores são curtas, e o processo de sustentação é feito também com base na escora das árvores umas nas outras.

O que é a Amazônia?


A Amazônia (ou Amazónia) é uma região na América do Sul, definida pela bacia do rio Amazonas e coberta em grande parte por floresta tropical (que também é chamada Floresta Equatorial da Amazônia ou Hiléia Amazônica). A floresta estende-se por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. No Brasil, para efeitos de governo e economia, a Amazônia é delimitada por uma área chamada Amazônia Legal. É chamado também de Amazônia o bioma que, no Brasil, ocupa 49,29% do território, sendo o maior bioma terrestre do país, onde é constituída pelos ecossistemas:
· floresta ombrófila densa (a chamada Floresta Amazônica)
· floresta ombrófila aberta
· floresta estacional decidual e semidecidual
· campinarana
· formações pioneiras
· refúgios montanos
· savanas amazônicas
· matas de terra firme
· matas de várzea
· matas de igapóEstes ecossistemas estão distribuídos em 23 eco-regiões, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.Inclui também zonas de transição com os biomas vizinhos, cerrado, caatinga e pantanal.
Etimologia
O nome Amazônia deriva de amazonas, guerreiras mitológicas. Segundo lenda, as amazonas pertenciam a uma tribo comandada por Hipólita que não aceitava homens: as crianças de sexo masculino eram mortas ao nascer. Amazona significa sem seio, em grego, porque a lenda também dizia que tais mulheres cortavam o seio para melhor manejar os arcos. A lenda foi transportada para a América do Sul pelos conquistadores espanhóis, pioneiros na exploração do Rio Amazonas que, ao se depararem com índias guerreiras (em contraste com a cultura européia, na qual a mulher tinha apenas funções domésticas), acreditaram terem finalmente encontrado as amazonas.Há ainda a lenda do Eldorado e do lago Parima, que supostamente estaria ligado à fonte da juventude. Essa lenda provavelmente liga-se à existência real do Lago Amaçu, que tinha uma pequena ilha coberta de xisto micáceo, material que produz forte brilho ao ser iluminado pelo Sol e que produzia a ilusão de riquezas para o europeu.Uma área de seis milhões de hectares no centro da bacia, incluindo o Parque nacional do Jaú, foi considerada pela UNESCO, em 2000 (com extensão em 2003), Patrimônio da Humanidade.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Mesorregiões paraenses

Devido a grandeza de seu território o estado do Pará foi dividido em seis mesorregiões.

Mesorregião: BAIXO AMAZONAS
Alenquer Juruti Porto de Moz Almeirim Monte Alegre Prainha Belterra Óbidos Santarém Curuá Oriximiná Terra Santa Faro Placas
Mesorregião: SUDOESTE PARAENSE
Altamira Jacareacanga Senador José Porfírio Anapu Medicilândia Trairão Aveiro Novo Progresso Uruará Brasil Novo Pacajá Vitória do Xingu Itaituba Rurópolis
Mesorregião: MARAJÓ
Afuá Curralinho Salvaterra Anajás Gurupá Santa Cruz do Arari Bagre Melgaço São Sebastião da Boa Vista Breves Muaná Soure Cachoeira do Arari Ponta de Pedras Chaves Portel
Mesorregião: SUDESTE PARAENSE
Abel Figueiredo Goianésia do Pará Rio Maria Água Azul do Norte Itupiranga Rondon do Pará Bannach Jacundá Santa Maria das Barreiras Bom Jesus do Tocantins Marabá Santana do Araguaia Brejo Grande do Araguaia Nova Ipixuna São Domingos do Araguaia Breu Branco Novo Repartimento São Félix do Xingu Canaã dos Carajás Ourilândia do Norte São Geraldo do Araguaia Conceição do Araguaia Palestina do Pará São João do Araguaia Cumarú do Norte
Paragominas Sapucaia Curionópolis Parauapebas Tucumã Dom Eliseu Pau D'arco Tucuruí Eldorado do Carajás Piçarra Ulianópolis Floresta do Araguaia Redenção Xinguara
Mesorregião: NORDESTE DO PARÁ
Abaetetuba Ipixuna do Pará Santa Luzia do Pará Acará Irituia Santa Maria do Pará Augusto Corrêa Limoeiro do Ajuru Santarém Novo Aurora do Pará Mãe do Rio São Caetano de Odivelas Baião Magalhães Barata São Domingos do Capim Bonito Maracanã São Francisco do Pará Bragança Marapanim São João da Ponta Cachoeira do Piriá Mocajuba São João de Pirabas
Cametá Moju São Miguel do Guamá Capanema Nova Esperança do Piriá Tailândia Capitão Poço Nova Timboteua Terra Alta Colares Oeiras do Pará Tomé-Açu Concórdia do Pará Ourém Tracuateua Curuçá Peixe-Boi Vigia Garrafão do Norte Primavera Viseu Igarapé-Açu Quatipuru Igarapé-Miri Salinópolis
Mesorregião: BELÉM
Ananindeua Bujaru Santa Bárbara do Pará Barcarena Castanhal Santa Izabel do Pará
Belém Inhangapi Santo Antonio do Tauá Benevides Marituba