segunda-feira, 30 de março de 2009

Disparidade entre PIB dos municípios paraenses

No Pará, 19 municípios têm Produto Interno Bruto (PIB) acima do valor médio de R$ 310 milhões, valor correspondente ao PIB estadual de 2006 (44,3 bilhões), dividido pelos 143 municípios do Estado. Os outros 124 municípios paraenses têm o conjunto de sua riqueza situado abaixo da média estadual.
Na prática, os 19 municípios mais ricos do Pará concentram 75% do PIB estadual, mostrando que disparidades regionais são grandes não só no âmbito nacional mas também dentro do próprio território estadual.
Esta é uma das constatações do estudo "Produto Interno Bruto dos Municípios do Estado do Pará - 2006", produzido pela Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o apoio do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp).
De acordo com a pesquisa, os dez municípios mais ricos do Pará, com as respectivas participações no PIB Estadual (R$ 44,3 bilhões), são: Belém (28,21%), Barcarena (8,03%), Parauapebas (6,72%), Marabá (5,91%), Ananindeua (5,56%), Tucuruí (4,67%), Santarém (3,22%), Castanhal (1,85%), Canaã dos Carajás (1,58%) e Oriximiná (1,42%).
Na outra ponta, os dez municípios mais pobres pela participação no PIB são os seguintes: São João da Ponta (0,03%), Santarém Novo (0,03%), Magalhães Barata (0,04%), Santa Cruz do Arari (0,04%), Terra Alta (0,04%), Peixe-Boi (0,04%), Primavera (0,04%), Bonito (0,05%), Palestina do Pará (0,05%) e Inhangapi (0,05%).

sábado, 21 de março de 2009

Mapa demográfico do Brasil.

A distribuição demográfica brasileira reflete claramente nosso passado colonial. As atividades econômicas visavam atender aos interesses da metrópole, dessa forma localizavam-se no litoral, pois tal localização facilitava a comercialização e transporte para a Europa.

Aula Socialismo 1ª etapa


ESCOLA ESTADUAL DO OUTEIRO
Geografia – Professor Mauro Torres
1ª ETAPA – AULA 3
Aluno (a) __________________________________________
Socialismo: Definição e Características
01. Socialismo: economia planificada
O socialismo está centrado na eliminação das desigualdades sociais com base na propriedade coletiva dos meios de produção. No sistema socialista, os prédios, máquinas e instrumentos utilizados na produção pertencem a toda a sociedade, representada pelo Estado. Segundo a
teoria socialista, só assim se pode eliminar a exploração do homem pelo homem que caracteriza as relações de trabalho capitalista. Em oposição ao capitalismo, o objetivo do socialismo não é o lucro, mas o bem-estar de toda a sociedade, estendendo a todos o direito à saúde, educação e trabalho.
O Socialismo é um sistema político-econômico ou uma linha de pensamento criado no século XIX para confrontar o liberalismo e o capitalismo. A idéia foi desenvolvida a partir da realidade na qual o trabalhador era subordinado naquele momento, como baixos salários, enorme jornada de trabalho entre outras.
Nesse sentido, o socialismo propõe a extinção da propriedade privada dos meios de produção e a tomada do poder por parte do proletariado e controle do Estado e divisão igualitária da renda.
Os precursores dessa corrente de pensamento foram Saint-Simon (1760-1825), Charles Fourier (1772-1837), Louis Blanc (1811-1882) e Robert Owen (1771-1858), conhecidos como criadores do socialismo utópico.
Outros pensadores importantes que se enquadram no socialismo científico são os conhecidos Karl Marx e Friedrich Engels.
Apesar das idéias socialistas terem sido criadas ainda no século XIX, foram somente no século XX colocadas em vigor. O primeiro país a implantar esse regime político foi a Rússia, a partir de 1917, quando ocorreu a Revolução Russa, momento em que o governo monarquista foi retirado do poder e instaurado o socialismo. Após a Segunda Guerra Mundial, esse regime foi introduzido em países do leste europeu, nesse mesmo momento outras nações aderiram ao socialismo em diferentes lugares do mundo, a China, Cuba, alguns países africanos e outros do sudeste asiático.
Diante de todas as considerações, a seguir os principais aspectos do socialismo que deixam claro a disparidade com o sistema capitalista.

Karl Marx e Friedrich Engels, criadores do socialismo científico.
• Socialização dos meios de produção: todas as formas produtivas, como indústrias, fazendas entre outros, passam a pertencer à sociedade e são controladas pelo Estado, não concentrando a riqueza nas mãos de uma minoria.
• Não existem classes, ou seja, existe somente a classe
trabalhadora e todos possuem os mesmos rendimentos e oportunidades. • Economia planificada: corresponde a todo controle dos setores econômicos, dirigidos pelo Estado, determinando os preços, os estoques, salários, regulando o mercado como um todo. O socialismo que foi desenvolvido no decorrer do século XX e que permanece em alguns países até os dias atuais é conhecido por socialismo real, em outras palavras foi executado de forma prática.
Por outro lado, o socialismo ideal é aquele desenvolvido no século XIX, que pregava uma sociedade sem distinção e igualitária, que acabava com o capitalismo. Os pensadores dessa vertente socialista eram em sua maioria anarquistas.
O principal pensador do socialismo foi Karl Marx, para ele esse regime surgiu a partir do capitalismo e seus meios de produção, tendo seu controle desempenhado pelo proletário, assim como o Estado, que posteriormente seria extinto, dando origem ao comunismo que corresponde a uma sociedade sem governo, polícia, forças armadas entre outros, além de não possuir classes sociais e economia de mercado.
Após o declínio do socialismo, a partir de 1991 com a queda da União Soviética, o sistema perdeu força no mundo, atualmente poucos países são socialistas, é o caso da China, Vietnã, Coréia do Norte e Cuba.

O Pará em detalhes

Caros alunos da 2ª etapa, durante o ano de 2009 vamos estudar a Amazônia e o estado do Pará, dessa forma, necessitaremos de diversas informações sobre o nosso estado. Pensando nisso, disponibilizo o link abaixo que será de grande valia para nossas aulas.
http://www.famep.com.br/

HINO DO PARÁ


Letra: ARTHUR PORTO
Música: NICOLINO MILANO
Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do Equador!
Teu destino é viver entre festas,
Do progresso, da paz e do amor!
Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do Equador!
Estribilho
Ó Pará, quanto orgulha ser filho,
De um colosso, tão belo e tão forte;
Juncaremos de flores teu trilho,
Do Brasil, sentinela do Norte.
E a deixar de manter esse brilho,
Preferimos, mil vezes, a morte.
Salve, ó terra de rios gigantes,
D’Amazônia, princesa louçã!
Tudo em ti são encantos vibrantes,
Desde a indústria à rudeza pagã!
Salve, ó terra de rios gigantes,
D’Amazônia, princesa louçã!
Estribilho
Ó Pará, quanto orgulha ser filho,
De um colosso, tão belo e tão forte;
Juncaremos de flores teu trilho,
Do Brasil, sentinela do Norte.
E a deixar de manter esse brilho,
Preferimos, mil vezes, a morte.

Horário de Verão

;">ESTABELECIDOS NO BRASIL POR DECRETO desde 1931 (por Getúlio Vargas), ainda que de forma descontínua, suas origens na verdade remontam à Inglaterra do ano de 1907.Foi lá que um construtor londrino, membro da Sociedade Astronômica Real, chamado William Willett (1856-1915) deu início a uma campanha para diminuir o consumo de luz artificial ao mesmo tempo que estimulava o lazer dos britânicos.Num panfleto de 1907 intitulado "Waste of Daylight" (Desperdício de Luz Diurna) Willett propôs avançar os relógios em 20 minutos nos domingos do mês de abril e retardá-los a mesma quantidade nos domingos de setembro.As polêmicas surgiram ali mesmo. Especialmente entre os fazendeiros, que têm que acordar com o Sol não importa que horas marquem os relógios. Willett não viveu o suficiente para ver sua idéia colocada em prática. O primeiro pais a adotar o horário de verão acabou sendo a Alemanha, em 1916, seguido pela Inglaterra.
"Os deuses instilaram ansiedade no primeiro homem que descobriu como distinguir as horas."Titus Maccius Plautus (254-184 d.C.) Dramaturgo italiano
Era a Primeira Guerra Mundial. A economia de energia foi considerada um importante esforço de guerra, diminuindo o consumo de carvão, principal fonte de energia da época. A medida foi seguida por outros países europeus.Os Estados Unidos o adotaram em 1918 junto com seu sistema de fusos horários. Foi difícil, mas os americanos acabaram se acostumando. Hoje eles sabem as datas de começo e término com anos de antecedência.
Como funcionaO PRINCÍPIO DO HORÁRIO DE VERÃO continua o mesmo: adaptar nossas atividades diárias à luz do Sol. Nos meses de verão o Sol nasce antes que boa parte da população tenha iniciado seu ciclo de trabalho. Assim, se os relógios forem adiantados durante esse período, a luz do dia será melhor aproveitada e as pessoas passarão a consumir energia em melhor acordo com a luz solar.Hoje, aproximadamente 30 países utilizam o horário de verão em pelo menos parte de seu território. E muito embora o nome faça referência a uma estação do ano, as datas de início e fim do horário de verão não são definidas por critérios astronômicos.Boa parte das porções continentais do planeta está no hemisfério norte. Ali o inverno costuma ser rigoroso e o Sol se põe bem cedo, levantando-se timidamente durante o dia. No verão ocorre o contrário: é comum ainda haver claridade por volta das 20 ou até 22 horas. É por isso que nesses lugares o horário de verão faz muita diferença.
O HORÁRIO DE VERÃO é um recurso adotado tanto por paises do hemisfério Norte(de março a outubro) quanto do Hemisfério Sul (outubro a março). No Brasil, osrelógios são adiantados em 1 hora, mas isso pode variar de acordo com o país.
O Brasil é o ÚNICO PAÍS EQUATORIAL que adota o horário de verão
E o Brasil?NOS PAÍSES EQUATORIAIS (cortados pela linha do equador) e nos tropicais (situados entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio), a incidência da luz solar é mais uniforme durante todo o ano e dessa forma não há muita vantagem na adoção do horário de verão.No caso do Brasil – atualmente o único país equatorial do mundo que adota o horário de verão – a economia de energia elétrica não é considerada o fator predominante. Segundo o
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a motivação de se estabelecer esse dispositivo no Brasil é pela segurança do sistema.Durante os meses do verão ocorre um aumento na demanda de energia, o que é particularmente percebido por volta das 18h, quando as pessoas retornam para seus lares e ligam luzes, chuveiros, condicionadores de ar, fornos, etc. Esse também é o horário em que a iluminação pública é acionada. O aumento brusco da demanda pode ter impacto negativo na estabilidade do sistema elétrico.Ao se adotar o horário de verão brasileiro ocorre um deslocamento na entrada da iluminação pública (devido à iluminação natural, ainda presente), que passa a não mais coincidir com a chegada das pessoas em casa após o trabalho. Por causa de fatores como este o aumento da demanda se dá de forma mais gradual, o que melhora a segurança do sistema, segundo o ONS.

Aula 1

ESCOLA ESTADUAL DO OUTEIRO
Geografia – Professor Mauro Torres
1ª ETAPA – AULA 1
Aluno (a) __________________________________________

CAPITALISMO: DEFINIÇÃO – ORIGEM – EVOLUÇÃO - CAPITALISMO COMERCIAL E INDUSTRIAL

SISTEMA ECONÔMICO CAPITALISTA
1- Define-se o Capitalismo como um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção (terras, máquinas e infra-estrutura) e propriedade intelectual, objetivando o lucro através do risco de investimento, nas decisões quanto ao investimento de capital feitas pela iniciativa privada, e com a produção, distribuição e preços dos bens, serviços e recursos humanos afetados pelas forças da oferta e da procura.
2- HISTÓRICO:
2.1) ANTECEDENTES:
O surgimento dos primeiros comerciantes e artesãos livres nas pequenas cidades medievais e nas feiras em torno dos burgos, oi o germe de uma nova sociedade, que no decorrer de alguns séculos, substituiria o sistema feudal.
O feudalismo foi o modo de produção que antecedeu ao capitalismo, dominou parte do mundo, em especial o ocidental entre os séculos V e XV. Esse modo de produção determinava uma organização espacial muito específica em que predominavam as atividades rurais, o poder político era descentralizado, havia uma tendência nos lugares pela auto-suficiência, as classes sociais se relacionavam pelo vínculo da servidão e os feudos eram quase sempre isolados daí a ordenação espacial fragmentada. A partir do século XI, ocorreram grandes transformações sóciopolíticas que culminaram com o declínio do feudalismo.
2.2) EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Capitalismo Comercial – considerada como a primeira etapa do capitalismo, teve início com a expansão marítima no final do XV e se estendeu até o século XVIII. Nesse período, ocorreram as Grandes Navegações, o seu desenvolvimento está relacionado busca de caminhos alternativos para as Índias, que pudessem escapar das áreas conquistadas pelos turcos otomanos e da hegemonia das cidades italianas no comércio mundial naquela época.
No Capitalismo Comercial as relações Europa - mundo assumem o padrão dominação-subordinação, isso ocorre pelas conquistas territoriais e pelos mecanismos para mantê-las tais como: escravização de índios e negros na América e África.
Durante esse período, o grande acúmulo de capitais se dava na esfera do comércio, portanto, no espaço da circulação. A doutrina vigente era a mercantilista, que defendia a intervenção dos Estados na economia, a fim de promover a prosperidade nacional e aumentar o poder do Estado. Nesse sentido, defendia a acumulação de riquezas no interior dos Estados, sendo assim a riqueza e o poder de um Estado eram medidos pela quantidade de metais preciosos que possuía (metalismo).
O Estado era protecionista em relação as manufaturas existentes, restringindo a importação de manufaturados.
Uma característica deste período, o Estado forte (Absolutismo Monárquico), para sustentar e dar apoio à expansão marítima e comercial, pois dessa forma se estabeleceria o pacto colonial, uma vez que, as colônias tinham que obrigatoriamente manter relações comerciais com as metrópoles, sendo essas relações marcadas pela dominação, em que a colônia tinha que vender seus produtos a preços baixos e comprar produtos a preços altos.
O processo de evolução do capitalismo é considerado lento, pela maioria dos estudiosos, isso porque ele vai ocorrer dentro das classes sociais e na política dos Estados, é importante observar, o quanto o papel da cidade foi fundamental na etapa de transição, pois, durante a Idade Média na vigência do feudalismo, observa-se que nos burgos é que viviam os comerciantes e estava aí a riqueza por eles acumulada ao mesmo tempo em que se concentravam os artesãos, que produziam o necessário a atividade comercial. Portanto, o capitalismo surge na cidade, no centro da economia urbana, ainda no seio da sociedade feudal.
A etapa acima descrita é conhecida como acumulação primitiva de capital, é exatamente ela, que prepara, com uma conjugação de fatores, a próxima etapa do capitalismo, que é a industrial.
Capitalismo Industrial - É a etapa de consolidação do modo de produção capitalista, uma vez que consagra o trabalho assalariado e desvenda a essência do sistema que é o lucro, é exatamente nesta etapa, que a transformação fica mais evidente, com as mudanças definitivas nas relações econômicas, políticas, sociais e culturais.
a) 1ª Revolução Industrial, que ocorreu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII até meados do século XIX.
􀀩 Ocorreu na Inglaterra
􀀩 A mecanização se estendeu do setor têxtil para a
metalurgia
b) 2ª Revolução Industrial ocorreu no século XIX e promoveu a reconfiguração da Europa e de parte do mundo sob sua influência. A 2ª revolução industrial implicou na expansão do fenômeno por outros países europeus e ainda EUA e Japão. Foi um período marcado pela intensificação da rivalidade política e econômica nos chamados países centrais do sistema gerando uma era conhecida como IMPERIALISMO.
Aspectos importantes:
􀃎Consolidação do Sistema Capitalista
􀃎Grande impulso a urbanização
􀃎Período de grandes inovações tecnológicas como trens a vapor, automóveis revolucionaram os transportes.
􀃎Surgimento das formas de concentração econômica
como trustes, cartéis e oligopólios.
􀃎Partilha Afro-asiática ou Conferência de Berlim

TEXTO COMPLEMENTAR
Com a revolução industrial, o trabalho assalariado torna-se consolidado, pois os salários são as formas pelas quais os trabalhadores além de se tornarem mais produtivos, serão também os consumidores. Portanto, nessa etapa do capitalismo, a escravidão vai desaparecendo, dando lugar ao trabalho assalariado posto que, começa a se tornar bem clara a necessidade de se ampliar mercados consumidores, a outra alteração significativa, diz respeito ao Estado Absolutista, que na
fase anterior do capitalismo, foi útil a burguesia comercial, mas dentro dos novos princípios da burguesia industrial houve uma grande alteração, que é a formação de uma nova ideologia conômica, onde o Estado não deveria intervir, é o liberalismo econômico (as bases do liberalismo econômico foram difundidas no livro As Riquezas das Nações de Adam Smith), se contrapondo ao Estado forte do capitalismo comercial.
“Essas novas idéias interessavam principalmente à Inglaterra, “oficina do mundo” – devido ao seu avanço industrial – e “rainha dos mares”-devido ao seu poderio naval. O país vendia os seus produtos nos quatro cantos do planeta.
Dentro das fábricas, mudanças importantes estavam acontecendo: a produtividade e a capacidade de produção aumentavam velozmente; aprofundava-se na divisão de trabalho e crescia a produção em série. Nessa época, segunda metade do século XIX, estava ocorrendo o que se convencionou chamar de Segunda Revolução Industrial. Uma das características mais importantes desse período foi a introdução de novas tecnologias e novas fontes de energia no processo produtivo. Pela primeira
vez tendo como pioneiros os Estados Unidos e a Alemanha, a ciência era apropriada pelo capital, ou seja, era posta a serviço da técnica, não mais como na Primeira Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, quando os avanços tecnológicos eram resultados de pesquisas espontâneas e autônomas. Agora havia uma verdadeira canalização de esforços por parte das empresas e do Estado para a pesquisa científica com o objetivo de desenvolver novas técnicas de produção”.
( SENE, Eustáquio de & MOREIRA, João Carlos. Espaço Geográfico e
Globalização. p.21-2)

O crescimento da indústria, levou a expansão da atividade econômica para outras nações européias, era o
processo de industrialização avançando e como conseqüência ampliou-se a concorrência entre as potências européias, que buscavam cada vez mais áreas de matériasprimas, bem como, regiões que pudessem se transformar em mercados consumidores e novas áreas de investimentos, é dentro desse contexto, que se configura a expansão imperialista na Ásia e na África, inclusive, em 1885 o continente africano foi dividido entre as potências européias, sem o menor respeito pelas populações nativas, o que até hoje se traduz em graves conseqüências, como os conflitos de territorialidades, que marcam aquele espaço.
A definição de áreas de influência das potências uropéias foi de grande vantagem para as potências maiores, na época a França e o Reino Unido, os demais países industrializados da Europa, contentaram-se com porções menores do território, ou apenas conservaram alguns domínios anteriores. Assim, a ordem mundial vigente naquela época, definia a Divisão Internacional do Trabalho, bem como as áreas de influência das potências européias.
Dentro da divisão, ficou claro que os países industrializados, exerciam controle econômico e político sobre as regiões coloniais, onde uma economia complementar estava subordinada a eles. Além das potências européias, os Estados Unidos da América, se definia como potência industrial e por isso também, dentro de uma política imperialista passa a influenciar de sobremaneira a América Latina (América para os americanos). Na Ásia, o Japão reestruturado na era Meiji, emergiu como potência e adotou uma política imperialista no extremo-oriente, disputando a China, com os britânicos e com os russos.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Quem viu o PDU de Caratateua e Mosqueiro?


Em 1994, a PMB publica o Plano Diretor das Ilhas de Caratateua e Mosqueiro, onde lança algumas diretrizes para o desenvolvimento econômico, levando em consideração o potencial das ilhas.
São elas:
I - o Turismo;
II - a extração mineral ordenada de acordo com as diretrizes da política ambiental prevista nesta lei e nas legislações Federal, Estadual e Municipal;
III - a indústria e transformação de produtos regionais e artesanal;
IV – a pesca; e
V – a fruticultura.

Todas as atividades acima descritas se enquadram mais especificamente a um ambiente rural, que caracterizava realmente a Caratateua antes da ligação rodoviária, hoje percebemos cada vez mais que a ilha vai tomando contornos e atitudes urbanas. Mesmo nos bairros mais afastados, como é o caso de Itaiteua e Fidélis, não se percebe o cumprimento das diretrizes do PDU de Caratateua e Mosqueiro.
A preocupação com o meio ambiente também faz parte do PDU das ilhas de 1994, onde em sua seção sobre o meio ambiente firma que “serão observadas para o território das ilhas de Caratateua e Mosqueiro os princípios, objetivos, normas gerais e determinações quanto à flora, recursos minerais, infrações e penalidades previstas na lei”. O plano considera como áreas de preservação permanente:
“I - ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água;
II - ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d’água naturais ou artificiais;
III – nascentes permanentes ou temporárias, incluindo os olhos d’água, seja qual for sua situação topográfica;
IV – nas encostas ou partes destas;
V – nos manguezais, em toda a sua extensão;
VI – nas águas estuarinas que ficam sob o regime de marés;
VII – na orla das ilhas;
VIII – no entorno dos mananciais; e
IX – ao longo das praias”.

Algumas dessas preocupações expostas acima, pareciam fazer parte somente da redação do documento, pois o que se percebia e ainda percebemos agressões de toda ordem, áreas de moradias espalhando-se por espaços “protegidos” pelo plano Diretor Urbano.

Por uma geografia que transforme...

A Geografia, como toda ciência passou por profundas transformações no último século. Antes a Geografia estava estreitamente ligada ao poder, o determinismo geográfico de Ratzel que vislumbrava um “espaço vital” para o desenvolvimento das nações é um claro exemplo. Essa função é perfeitamente percebida no título do livro de Lacoste A geografia serve antes de mais nada, para fazer a guerra. Neste sentido, duas Geografias estariam em ação: uma ligada ao poder, servindo aos Estados-nação como instrumento estratégico de dominação; outra escolar que objetivava encobrir os verdadeiros interesses dos governantes, tornando a geografia escolar meramente descritiva e o saber geográfico desinteressante para a maior parte dos alunos.
A Geografia ainda hoje “carrega” um pesado fardo por ter trabalhado diretamente atendendo aos interesses do poder durante muitos anos. As práticas tradicionais estão em nosso dia-a-dia, “assombra” os profissionais que enveredaram pela árdua tarefa de desvendar o espaço geográfico. É muito forte a idéia de que a Geografia é uma “matéria decorativa”, portanto todos os alunos tem a obrigação de obter sempre bons conceitos, não é admissível “tropeços” em Geografia. Há uma pressão sobre os alunos, assim como sobre os professores, pois um grande número de pais e responsáveis, que estudaram Geografia nos moldes tradicionais, acreditam fortemente que a Geografia é decorativa, quase que desnecessária como a que estudaram.