quinta-feira, 11 de junho de 2009

A Geografia desmascara...

Segundo Rui Moreira (1978), a Geografia "serve para desvendar máscaras sociais", neste sentido é de grande relevo desafiarmos nossos alunos a desmascararem questões relacionadas ao planejamento estatal, urbanização, meio ambiente e a interdependência entre tais elementos que compõem o espaço da Ilha de Caratateua, onde as elevadas taxas de crescimento populacional, verificadas nos últimos anos, não foram acompanhadas de uma infra-estrutura, capaz de oportunizar aos habitantes dessa porção insular do município de Belém uma qualidade de vida satisfatória.
Entender o processo de construção do espaço urbano da Ilha de Caratateua levará ao preenchimento de ‘lacunas’ que se encontram inexplicadas para grande parte da população da ilha. Sobretudo entender que as ocupações urbanas, trazem consigo uma qualidade de vida duvidosa para as famílias que habitam as áreas periféricas e as ilhas que compõem o município, pois nesses locais, geralmente inexistem alguns equipamentos urbanos essenciais para que possamos intitular os moradores dessas áreas de cidadãos. Como (Scarlato, 1997, p. 217) afirma.

O crescimento rápido das cidades não pode ser acompanhado no mesmo ritmo pelo atendimento e infra-estrutura para a melhoria da qualidade de vida. A deficiência de redes de água tratada, de coleta e tratamento de esgotos, pavimentação de ruas, galerias de águas pluviais, de áreas de lazer, de áreas verdes de núcleos de formação educacional e profissional, de atendimento médico
é comum nessas cidades.

Eis então o espaço urbano de Caratateua, um mosaico de contradições campo de lutas constantes pelo direito de morar, morar de forma digna. Espaço que precisa ser entendido pelos alunos da ilha enquanto totalidade, pois só assim, enfrentarão as situações problemas que a vida vai lhes impor como verdadeiros cidadãos.

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