domingo, 24 de outubro de 2010

Pará: campeão de trabalho escravo

As Rotas da Escravidão no Brasil.
O mapa a seguir ilustra os principais fluxos de trabalhadores encontrados em condições análogas às da escravidão, com base no lugar onde nasceram e o lugar em que residiam quando encontrados pelos fiscais do GEFM. A largura das setas indica a intensidade dos fluxos, em termos de número de trabalhadores do qual fazem parte.
Nota-se que a maior parte dos fluxos parte da Região Nordeste para a Região Norte do país. O Pará, estado com maior número de denúncias, recebe o maior fluxo de trabalhadores que, por sua vez, partiram do Maranhão. O segundo maior fluxo direcionado ao Pará parte do Piauí. O Tocantins também é receptor de uma
quantidade intensa de trabalhadores originários do Maranhão e, em um fluxo menor, do Piauí. Outros fluxos menos intensos para ambos os estados partem, ainda, do Nordeste com origem no Ceará e de estados de outras regiões como Minas Gerais e Paraná.
O segundo maior estado com incidência de trabalhadores escravizados, o Mato Grosso, também recebe fluxos intensos do Maranhão e do Piauí e fluxos menores da Bahia e de Alagoas, na Região Nordeste. Há relevantes contingentes advindos também do Tocantins, no Norte. Outros números menores também partem de estados de outras regiões como Bahia, Alagoas, Goiás e Paraná. Internamente à própria Região Norte, o fluxo do Tocantins para o Pará também é bastante intenso.
COSTA, Patricia Trindade Maranhão. Combatendo o trabalho escravo contemporâneo : o exemplo do Brasil / International Labour Office ; ILO Office in Brazil. - Brasilia: ILO, 2010

0 comentários: